Com a participação maciça de servidoras e servidores, o auditório do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) recebeu, na tarde desta sexta-feira (8), o evento TRE Mulher, promovido pela Assessoria de Imprensa e Comunicação Social (ASCOM), em parceria com a Escola Judiciária Eleitoral de Goiás (EJE/GO).

No Dia Internacional da Mulher, as palestrantes do encontro debateram a participação feminina nos espaços de poder.

A juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, integrante do Tribunal Pleno e presidente do Gabinete de Gestão de Metas do Conselho Nacional de Justiça no âmbito do TRE-GO, abriu o evento relatando os desafios e preconceitos que as mulheres enfrentam ao ocuparem postos políticos. A magistrada narrou ainda as conquistas femininas ao longo da história do Brasil. “Apesar de tantos desafios, as perspectivas estão passando por uma transformação positiva. Nós temos mudanças legislativas, movimentos sociais e maior conscientização da própria mulher sobre a sua importância na atividade político-partidária (...). A luta pela igualdade de gênero na política é, sem dúvida, uma jornada muito desafiadora, mas uma jornada que vale a pena para construirmos sociedades mais inclusivas”, declarou.

Tatiana Cochlar, jornalista e coordenadora de audiovisual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abordou as campanhas que a Justiça Eleitoral tem feito para alcançar as mulheres que almejam espaço na política brasileira. “A democracia não existe sem acesso a informação (...). O TSE tem esse papel educativo de trazer as mulheres para esse mundo, chamar a atenção de homens para que esse tipo de discriminação não ocorra, incentivar a participação feminina e, principalmente, proporcionar o acesso em termos de comunicação”, afirmou.

Finalizando as exposições do evento, a presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Goiás (OAB/GO), Talita Hayasaki, discorreu sobre sua emocionante trajetória na carreira advocatícia e avaliou a complexidade da atuação feminina: “Nós, mulheres, vamos trabalhar mais do que os homens para chegar em algum lugar. Nós precisamos, porque além de termos outras jornadas, nós vamos trabalhar mais, em qualquer lugar, para sermos vistas (...). Em 92 anos de OAB, sou a segunda mulher a ocupar a presidência”, observou, provocando a plateia a refletir sobre as razões da dificuldade das mulheres em alcançar altos postos e as possibilidades de alterar essa realidade. “Não tem um segredo, não tem uma receita mágica a não ser disposição, coragem e, enquanto eu acreditar, estratégia”, concluiu a jurista.

Assista à íntegra do TRE MULHER 2024 no canal do TRE-GO no YouTube.

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social