Servidores do TRE-GO palestram sobre acessibilidade em evento no TRT-18
Encontro faz parte da Semana de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão e da Semana de Combate ao Assédio e Discriminação promovido pela instituição trabalhista
Os servidores da Assessoria de Atendimento, Sustentabilidade e Suporte às Zonas do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), Alisson Barboza Azevedo e Weslley Francisco Machado de Napoli, palestraram nesta sexta-feira (5) a convite do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), durante evento da Semana de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão e da Semana de Combate ao Assédio e Discriminação promovido pela instituição.
“Não existe deficiência fora da pessoa, a deficiência é sempre uma característica das pessoas e as pessoas são diferentes entre si”, pontuou Alisson Azevedo, destacando a importância de falar sobre acessibilidade com uma perspectiva de direitos humanos, retirando as pessoas com deficiência da invisibilidade. Concluiu sua fala relatando uma analogia ao conto de um renomado escritor português: “O José Saramago tem um conto chamado o conto da ilha desconhecida e é a história de um homem que pediu ao rei que lhe desse um barco pra que ele pudesse conhecer as ilhas desconhecidas e o rei falou assim, ‘mas essa ilha é desconhecida, como é que você vai conhecer?´ O homem então respondeu assim: ´depois que eu conhecer a ilha, ela não será mais desconhecida´. As pessoas com deficiência em geral, são ilhas desconhecidas. Depois que nós conhecermos e reconhecermos as pessoas, elas não serão mais pessoas desconhecidas. Elas serão pessoas reconhecidas”.
Weslley Napoli propôs, em sua apresentação, reflexões sobre a dignidade proporcionada pela inclusão e a acessibilidade: “Será que a pessoa que não tem acesso ao trabalho, ao lazer, a essas questões, ela tem dignidade pra viver? Que é um direito básico da nossa Constituição Federal, de todas as pessoas. Quando eu faço a inclusão, eu estou dando dignidade a essa pessoa, então esse é um pilar importantíssimo. (...). Imagine por exemplo uma pessoa surda. Ela é alfabetizada em libras e precisa fazer uma entrevista de emprego. Entrevista emprego é uma coisa comum, né? Se o recrutador não falar em libras, como essa pessoa vai ter acesso ao emprego? Como ela vai conseguir se comunicar na própria entrevista de emprego? Outra coisa: no meu caso aqui, um cadeirante, eu preciso andar nas calçadas e a calçada está cheia de buraco. Como eu vou completar o meu trajeto pra poder ir ao onde preciso ir se a calçada não me permite circular até o local?”.
Assessoria de Imprensa e Comunicação Social