Símbolo da magistratura, toga representa impessoalidade dos julgamentos

Juízes do TRE-GO e de outras cortes do país usam indumentária especial durante as sessões; saiba qual é o seu significado e origem

15052023 Posse José Mendonça
Da esq. para a dir., o juiz substituto Laudo Natel, o juiz Adenir Teixeira Júnior, o procurador regional eleitoral Célio Vieira da Silva, a juíza Ana Cláudia Veloso, o juiz substituto José Mendonça, o presidente de TRE-GO, desembargador Itaney Campos, o desembargador Luiz Cláudio Veiga, o juiz Márcio Antônio Moraes, a juíza Mônica Senhorelo e Juliano Bernardes, na posse do juiz José Mendonça, no dia 15 de maio

Quem acompanha as sessões do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) pode perceber que os integrantes da Corte utilizam uma toga ao expor seus votos no Plenário. O uso da vestimenta, também presente nos demais Tribunais do país, não representa apenas a formalidade do exercício da função dos juízes. O traje especial é sinal da impessoalidade e da imparcialidade do Estado, dois princípios constitucionais que regem os julgamentos.

A indumentária tem cor preta, é colocada por cima da roupa tradicional e cobre praticamente todo o corpo do indivíduo. No TRE-GO, é utilizada pelos magistrados que compõem a Corte: dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO); dois juízes de direito, escolhidos pelo TJ; um juiz do Tribunal Regional Federal (TRF) e dois juízes nomeados dentre advogados indicados pelo TJGO, nomeados pelo presidente da República. A composição está prevista no artigo 120 da Constituição Federal de 1988. 

O hábito de usar a toga é uma das mais antigas tradições civis. Utilizada desde a Roma Antiga, a peça tornou-se um dos símbolos da magistratura. A palavra remete à ideia do comprimento, pois deriva de um termo associado ao tornozelo ou calcanhar. De acordo com o dicionário Houaiss, é uma “espécie de capa ou manto de lã (posteriormente linho), amplo e longo, que se usava trançado sobre o corpo”.

Além da toga, os magistrados costumavam usar um capelo, espécie de chapéu octogonal que completava o traje. No entanto, a sua colocação caiu em desuso e virou peça de exposição nos museus do Judiciário. Hoje, a utilização de uma indumentária especial se estende ao membro do Ministério Público e aos advogados que participam das sessões plenárias. Eles vestem trajes pretos, chamados de becas. Os servidores que assessoram o Plenário também usam capas pretas.

No TRE-GO, as sessões jurisdicional e administrativa do Pleno, nas quais os juízes trajam a toga, ocorrem normalmente às segundas e quintas, a partir das 17h. Acesse o calendário e as pautas das sessões no site do Tribunal. Os julgamentos podem ser acompanhados ao vivo no canal do Tribunal no YouTube.

 

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social

Com informações do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo

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